sábado, 7 de março de 2009

Território Presente - O Menino da Porteira


Olá Amigos...

São aproximadamente 22:00h de sábado, 07 de março e estou chegando agora do cinema onde fui conferir O Menino da Porteira.

Junto com essa análise, estamos estreando o Território Presente, espaço para análise de shows e eventos sertanejos que presenciarmos. Quadro sugerido por Rafael, leitor antigo do Blog No Embalo e leitor também aqui do Território Sertanejo.

Chegamos minha namorada e eu ao Shopping Eldorado, um dos mais antigos de SP um pouco mais cedo, justamente para ver como estava a procura do público pelo filme. Compramos nossas entradas e ficamos por ali, observando.

Percebemos e depois isso nos foi confirmado pela direção do cinema que a procura pelo filme nesses dois dias foi boa.

Segundo o gerente, das sessões realizadas até aquele momento, todas as salas tiveram um bom público, com pico de lotação nas sessões das 18h e 21hs.

Outra informação que me deixou muito contente: muitas crianças. Pais e mães indo ao cinema e levando seus filhos para ver o filme de Daniel.

No filme Daniel não chega a encantar como ator, mesmo assim foi uma atuação muito boa. A expressão do personagem meio sisuda e fechada confunde-se com a falta de expêriencia de Daniel. Já como cantor faz qualquer um se emocionar. Mas o menino Rodrigo (João Pedro de Carvalho) rouba a cena.

A trama é muito bem amarrada e emociona, Jeremias Moreira foi muito feliz pela forma como conduziu o filme, pouco foco no romance de Diogo e Julia (Vanessa Giácomo) e muito foco na amizade entre o menino e o peão.

Algumas participações ficaram restritas, bem pequenas. José Camilo pai de Daniel aparece em uma cena, Rosi Campos em duas ou três mas poderia ter sido melhor aproveitada.

As cenas da casa em chamas com a familia dentro, obra do Coronel Octacílio Mendes (José de Abreu) e o estouro da boiada seguido da morte do garoto são os pontos altos da trama. Da pra perceber que o diretor Jeremias Moreira prioriza a simplicidade.

A única sensação negativa que eu tive foi a de que o filme ficou curto. As 1h e 35m de duração não foram suficientes para expressar toda a emoção da história. Outro detalhe interessante foi o nome das Casas Pernambucanas rabiscado na porteira, num merchandising exagerado.

Para um filme que prioriza e valoriza o homem do campo, sua música, seus valores e costumes, é nescessário dar dez de avaliação. Até por que outra nota seria injusta.

Entendemos que o caminho é esse, queremos mais filmes com essa temática, como foi Dois Filhos de Franscisco. Filme para a família, filme bom, e principalmente valorizando a música sertaneja raiz, a legítima música brasileira.
O filme está recomendado, se tiver a oportunidade assista, com certeza é a grande produção nacional para esse ano.

Bem, é isso...

Até o próximo Território Presente.